quinta-feira, 13 de abril de 2017

BALEIA-BICUDA-DE-TRUE, UMA ESPÉCIE RARA DE BALEIA.

 A baleia-bicuda-de-true é tão rara que pouquíssimas pessoas têm a sorte de poder avistá-la. Até mesmo um especialista no assunto pode passar a vida inteira a procura sem encontrar nada desta espécie. Isso acontece porque estes mamíferos aquáticos passam 92% do tempo submersos em águas profundas.

Fonte :http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/biologos-filmam-tipo-rarissimo-de-baleia-pela-primeira-vez.html

quinta-feira, 6 de abril de 2017

UMA PARCERIA QUE DÁ CERTO! CUPINS E PROTOZOÁRIOS

Um exemplo de mutualismo é a relação entre o cupim-de-madeira e certos protozoários microscópios que habitam seu intestino. Apesar de comer madeira, os cupins são incapazes de digerir a celulose, seu principal componente. A digestão da celulose no tubo digestivo do cupim é executada principalmente pelas triconinfas, seres unicelulares pertencentes ao grupo dos protozoários. As triconinfas encontram abrigo e alimento no intestino do cupim e, em troca, fornecem parte do produto da digestão da celulose ao inseto.

A associação entre cupins e triconinfas é obrigatória. Cupins recém-nascidos recebem protozoários dos adultos. Se os jovens cupins fossem isolados antes de adquirir triconinfas, morrerão de fome mesmo comendo madeira, pois não terão como digeri-la. Os protozoários, por sua vez, também dependem da associação, uma vez que somente sobrevivem no trato digestivo do cupim.

 

VIDA DE CUPIM

Como é a vida num cupinzeiro?

 Os cupins formam uma sociedade altamente organizada e passam a maior parte do dia trabalhando em seu ninho. “A população de um cupinzeiro pode chegar a milhões de indivíduos e está dividida em três castas básicas: casal real, soldados e operários”, afirma o biólogo Francisco José Zorzenon, especialista em cupins do Instituto Biológico de São Paulo. Cada uma dessas castas tem uma função bem específica na vida da colônia, como a gente mostra nestas páginas. Essas funções são mais ou menos as mesmas nas quase 3 mil espécies de cupins conhecidas no mundo. Por volta de 300 delas são encontradas no Brasil, sendo que a espécie Coptotermes gestroi é uma das mais comuns. Altamente adaptáveis, esses pequenos insetos habitam a Terra há muito mais tempo que o homem – já foram encontrados restos fossilizados de cupins com 55 milhões de anos. Ao contrário do que se possa pensar, eles não se alimentam só de madeira, mas também de plantas e fungos. Por isso, exercem um papel importante na decomposição da matéria orgânica, contribuindo para deixar o solo mais fértil. Os tipos de ninho variam de uma espécie para outra, sendo os mais comuns os subterrâneos, os arborícolas (construídos em galhos e troncos de árvores), os em madeira e os ninhos de montículo, que ficam no solo e podem ser vistos em pastagens. São esses últimos que usamos como referência para o infográfico ao lado.

Montanha viva
Ninho é cheio de túneis, tem andares embaixo da terra e pode durar 80 anos

CONSTRUÇÃO FIRME

O tamanho do cupinzeiro depende da população da colônia, mas, em média, atinge 60 cm de altura. Ele é feito de terra, areia, saliva e excrementos dos próprios cupins. A construção é tão sólida na parte externa que alguns cupinzeiros se mantêm por até 80 anos!

LABIRINTO INTERNO

Por fora, um cupinzeiro do tipo montículo parece um monte de terra ressecada, sem vida. Dentro, porém, ele tem vários túneis e câmaras interligados por onde circulam milhões de cupins. As câmaras têm diversos usos, de depósito de alimento a berçário para ovos

EM CAMADAS

O cupinzeiro é erguido por compartimentos e ganha “andar por andar”. O ninho cresce tanto para cima como para baixo da terra — cerca de 25% do tamanho total do cupinzeiro pode ser subterrâneo. Os “andares” mais novos são mais úmidos e não tão sólidos

CAMAROTE VIP

Entre as milhares de câmaras, uma se destaca: a câmara real. Nela vivem a rainha e o rei da colônia, responsáveis pela fundação do ninho e pela multiplicação dos cupins. O casal real vive, em média, de 15 a 20 anos e pode ser substituído por outros pares secundários

ENTRADA VIGIADA

O acesso ao ninho é feito por túneis subterrâneos que desembocam no solo. É por eles que os cupins operários saem para coletar comida. Nessas missões, são protegidos de inimigos, como formigas e vespas, pelos cupins soldados, que fazem uma “escolta”

Quem é quem na colônia
Rainha chega a medir 4 centímetros, oito vezes mais que um cupim operário

Rainha

É a principal reprodutora da colônia. No caso dos cupins de montículo, a “soberana” atinge de 2 a 4 cm – seu parceiro, o rei, tem apenas alguns milímetros. Do seu volumoso abdômen, saem os ovos que povoam o ninho

Ninfa

Uma parte das larvas se transforma em ninfas. Nesse estágio, são indivíduos brancos e moles, mas que já pertencem à “elite”. As ninfas podem virar um rei e uma rainha ou reprodutores secundários, que substituem o casal real quando este morre

Larva

Uma rainha produz diariamente até 80 mil ovos. Após serem lançados, eles se desenvolvem e se transformam em larvas. Das larvas surge a maior parte da população que lota a colônia: os cupins operários e os cupins soldados

Operário

É a casta mais populosa do ninho. Seu tamanho varia muito, mas, na média, fica em torno dos 5 mm. Cego e geralmente estéril, o operário é o grande “faz-tudo” do cupinzeiro: procura comida, constrói túneis, cuida da limpeza…

Soldado

Com um porte maior que o operário — cerca de 6 mm —, protege o ninho contra invasores. Alguns têm poderosas mandíbulas para esmagar e cortar os adversários! A cabeça dura e volumosa pode obstruir os túneis da colônia, impedindo a invasão de inimigos

Cupim alado

Estágio em que as ninfas ganham asas. São os siriris ou aleluias. Em certas épocas do ano, saem em revoadas de até 300 metros na busca de um parceiro para acasalar. Daí criam um novo cupinzeiro como casal real

FONTE: https://www.google.com.br/amp/mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/como-e-a-vida-num-cupinzeiro/amp/